Apertem os cintos, a inflação do aluguel, também conhecida como IGP-M, disparou!
Entenda o motivo do reajuste no aluguel que, se você ainda não viu, chegará cedo ou mais tarde no seu boleto.
Muito acima do IPCA, que é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, calculado pelo IBGE e considerado a inflação oficial do país, o IGP-M acumula uma alta de 2,28% em agosto e 13,02% no acumulado de 12 meses.
Enquanto o IPCA mede preços de itens de consumo finais(alimentação, transporte, vestuário, despesas pessoais, etc) o IGP-M é muito influenciado por custos de matéria-prima, bens de produção e commodities. E o impacto chegou pela super valorização do cambio que em 12 meses apreciou 35% em relação ao real.
Mas afinal de quem é a culpa desse aumento? A culpa é do arroz. E do feijão. E do óleo… Os alimentos da cesta básica, que dispararam de preço, impactam bastante o IGP-M. Assim como os custos dos produtores com insumos e matérias-primas, que respondem por 60% da composição do IGP-M.
Os contratos de alugueis, na sua maioria, são reajustados anualmente portanto, os inquilinos só vão perceber este aumento quando completados 12 meses. Os contratos que estão vencendo agora, deveriam ter um aumento de 13,02%, o que é um percentual altíssimo para um momento de pandemia.
Um aluguel de R$ 10.000,00 teria um aumento de R$ 1.300,00 já o de R$ 20.000,00 teria de R$ 2600,00. Contratos entre empresas, então, movimentam valores muito maiores.
Renegociar, SEMPRE!
O que sempre aconselhamos é tentar uma renegociação se o valor do aluguel estiver fora do que está sendo praticado pelo mercado. O dono do imóvel não quer perder o inquilino ou ter que lidar com uma possível inadimplência ainda mais em momentos de crise.
A justiça brasileira é implacável nesse sentido, de praxe decide sempre em favor do proprietário fazendo com que se cumpra o contrato estipulado. O ideal mesmo é negociar e, de preferência, de forma transparente. Mas lembre-se sempre de registrar por escrito e isso vale para ambas as partes.
Se não aceitar, uma saída é rescindir o contrato e procurar outro imóvel. No entanto, a pessoa pode ter que pagar multas e outras determinações, dependendo do contato.
Em tempo, com o aluguel subindo, talvez seja a hora de pensar na compra de um imóvel novo. Com a taxa de juros na mínima histórica, essa opção se torna muito atrativa.
Cada caso tem suas peculiaridades, mas o juro baixo praticado pelos agentes financeiros e os estímulos do governo tem deixado o crédito muito atrativo para a compra da casa própria.
E ai gostou do texto? Confira em nosso blog por que é mais vantajoso investir em imóveis em tempos de crise.